Dolorosa Viola
No terno abraço que tanto acrisola
eu fresco o amor carregado de sensos
O cerne teu dolorosa viola
tocando vários amores intensos.
Este poente consome a padiola
que ilude tantos valores imensos
Um devaneio que mata e desola
castrando tudo por dentro dos tensos.
Refulge a vida qual células rubras
depois do mar e do céu que descubras
Os lábios mortos de vastos momentos.
Um sonho vesgo que corta e tritura
Todo o terror que dissolve a cultura
vai se perdendo nos vãos pensamentos.