A MULHER VESTIDA DE LUA
Uma mulher andava solitária;
Pela infinita planície de rosas;
Com o vento soprando seus cabelos;
Naquele entardecer primaveral;
Anoiteceu em seu corpo, a lua;
E seus olhos perderam-se no breu.
Tornando-a madrugada em pétalas;
Ao cair a brisa fresca em lua.
Tornou-se nascedouro de rio em mar revolto;
Correnteza que desliza pelas pedras e deságua;
No véu das estrelas escuras que a iluminavam, nua.
No caminho de sua cantiga em sentido;
Ela sempre percebeu-se melodia.
Ao cantar destinos em canções de estrelas.