O Tempo: As Marteladas Finais
O tempo é brasa que despenca à sorte
é solidão que dura eternamente
É esplendor que pulsa indiferente
qual faca que se nega ao próprio corte...
O vento expurga a solidão em morte
e segue seu caminho inconsequente;
O barco atraca ao porto mais ausente
pois não quer ser do tempo seu transporte...
Passarinho que enrola a vida ao bico
viajando no tempo que parado
é regalo do anil de olhar mais rico.
Mas o tempo ao parar anuviado
refulgindo no sopro deste pico
mata a raça que já tem dominado.