Fiacre: O Oracular Excerto
No mais ordeiro coração alado
fechei meus sonhos e dormi silente...
Ergui a voz obnubilada ao lado
atroz terror da solidão dormente...
Ausculto o horror decorrente da ausente
voraz ação invernal do teu fado
Enervo o verso do poente que assente
o sino claustro e refém do pecado.
Neste oráculo ordeiro dum concerto
Onde o medo passeia no massacre
onde a pausa lho ostenta num excerto!
E na morte perdendo o santo lacre
Aventando o malquisto e vão enxerto
E assim morro a vagar em meu fiacre...