LIVRO FECHADO
Ah! Olhei pela janela a tua chegada nua;
Que o vento te envolvia em folhas secas;
Porque tu estavas desnudo em flores murchas;
Adentrando minh'alma como espinhos.
Minhas lágrimas o molhava em pranto;
Porque tu eras uma miragem, fantasia...
A ventar sonetos que caiam dos galhos;
Das árvores que morriam de pé.
Todos os dias te espero em melodias...
A tentar compreender os refrões da ilusão;
Pondo-me a olhar o vácuo da rua ramalhete.
Em sopro, sei que minha imagem está paralisada;
E fala da minha espera em sussurros de ventania;
Para que eu me sinta sempre o prefácio do livro fechado.