A ROSA DÁLIA
Quando eles se esconderam em sombras;
Pelas muralhas das incongruências;
Tornaram-se reféns da angústia;
Pela baixeza de serem o sobejo.
Entre o céu e a terra, eu, sossegado;
Como se eu fosse o sol nascente;
Deitado nas águas do mar que se maneia;
Num surdo grito de dor em arvoredo.
Brandamente a voz do vento repousou sobre mim;
Trazendo-me vivo da morte enganosa em chão;
Como as aves ao vê-los tênues n'alma, o retrato.
Todos foram culpados por estarem fustigados;
No vômito, grão ventura dos desafortunados;
E, eu, alado a cantar uma cantiga com os pássaros.
Sérgio Gaiafi