A ROSA DÁLIA

Quando eles se esconderam em sombras;

Pelas muralhas das incongruências;

Tornaram-se reféns da angústia;

Pela baixeza de serem o sobejo.

Entre o céu e a terra, eu, sossegado;

Como se eu fosse o sol nascente;

Deitado nas águas do mar que se maneia;

Num surdo grito de dor em arvoredo.

Brandamente a voz do vento repousou sobre mim;

Trazendo-me vivo da morte enganosa em chão;

Como as aves ao vê-los tênues n'alma, o retrato.

Todos foram culpados por estarem fustigados;

No vômito, grão ventura dos desafortunados;

E, eu, alado a cantar uma cantiga com os pássaros.

Sérgio Gaiafi

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 06/06/2020
Código do texto: T6969512
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