O JARDINEIRO DAS FLORES

Ó, céus! Julgam-me porque eu sou um elo;

Diante das conjecturas que falam;

Da minha essência em um névoa de aparência;

Que não têm-se obsoleto n'alma, o julgamento.

Afeiçoei-me, e pela minha sã verdade;

Digo, porventura, será que sou culpado da loucura?

Assim, poderei eu caminhar sem mágoas;

Pelas estradas de sol, sem a mentirosa verdade.

E, pela triste ilusão, eu falarei sempre;

Porque nunca me fiz enganador da minha lealdade;

Porém, fizeram-me desamor em brando amor.

Então, surgiu o salvar-me de um não julgar;

E, dê-me por sábio perdoar sem me envolver;

Encontrando-me presente diante dum elo que fora perdido.

Sérgio Gaiafi

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 06/06/2020
Código do texto: T6969488
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.