O JARDINEIRO DAS FLORES
Ó, céus! Julgam-me porque eu sou um elo;
Diante das conjecturas que falam;
Da minha essência em um névoa de aparência;
Que não têm-se obsoleto n'alma, o julgamento.
Afeiçoei-me, e pela minha sã verdade;
Digo, porventura, será que sou culpado da loucura?
Assim, poderei eu caminhar sem mágoas;
Pelas estradas de sol, sem a mentirosa verdade.
E, pela triste ilusão, eu falarei sempre;
Porque nunca me fiz enganador da minha lealdade;
Porém, fizeram-me desamor em brando amor.
Então, surgiu o salvar-me de um não julgar;
E, dê-me por sábio perdoar sem me envolver;
Encontrando-me presente diante dum elo que fora perdido.
Sérgio Gaiafi