ALMA
Quero minh’alma nua, desnuda...
Sozinho, a orar por su’alma em chuva;
Rezado em pincéis de lã, um aquarela;
Onde o painel em deserto me molha, amor!
Quero olhar para o céu azul;
Com seu bailado de nuvens coloridas;
Sentir que o pôr do sol aproxima-se;
Com o crepúsculo em rimas de luar.
Quero te esconder dentro de uma caixa;
Para abrir quando eu terminar de bordar;
Porque se tenho livre, voaras...
Sei que o és mar revolto...
Livre em vento, sombram de um pensar;
Que te imagino quando deito-me.
Sérgio Gaiafi