UMA ROSA

Uma rosa bonita “pra cacete”

Poderia até ser um elogio,

Se não dissesse quem em pleno cio

Mudasse o conceito do verbete.

Dizia quem olhava no tapete

A rosa a abrir fio a fio

As pétalas a encher de calafrio

Quem com rosa carnívora se mete.

É uma rosa nascida de outra rosa

A não haver nenhuma mais formosa,

Nem nas que o mundo possa ainda vingar.

Se “pra cacete” engloba o que for bom,

A rosa de uma rosa, ao melhor tom

De beleza, se quer “cacetear”.