A LADEIRA DOS ESPINHOS

Ó vida! Estou tão contente comigo neste momento sereno;

Que tranquilizo-me ao olhar os jardins escondidos;

Em ruas enladeiradas e desertas das vidas em espinhos;

Que muitas são sofridas, sem vidas, apenas espinhos.

E, eu, louco rasgando o véu das emoções em mim confio;

Porque sou o ser que hoje recolhe dessas ruas, os mortos;

Restos que me fizeram sofrer por um talvez adeus;

E da beleza nada os têm, caminho pelas ruas, sou eu!

Creio na minh'alma em pétalas a voarem pelas rosas dos ventos;

Girando como uma roda vida, aprendo a sorrir novamente;

Porque, sei o por quê da confiança em mim mesmo ao final...

Depois que eu fechei a cortina do adeus infindo;

E cheguei no fim da ladeira em noite de lua;

Percebi no cesto os espinhos que eu havia varrido.

Sérgio Gaiafi

17 de abril de 2020

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 02/05/2020
Reeditado em 02/05/2020
Código do texto: T6935491
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