OFERENDA
Sou o pescador de ondas de espumas cristalinas que me banham;
E lava-me com o salgado turquesa que amarela n'areia da praia;
Nadando suavemente depois te ter em veludado a praia ensolarada;
Que inebriante fala da noite passada em cachoeiras de lenções.
E o vento com seu zumbindo terno me balança em céu adocicado;
Pelo mel da ressaca ainda que bem cedo, adormecido pelo véu;
Aquecendo-me em bolinhas de sabão o violão a tocar para Oxalá;
Um ponto cruzado em giz que meus sentem em nevoeiro passar...
Ó, Oxalá! Eu sou grato pelas benção derramadas em mim;
Pela chuva de pétalas que voam pela cidade despida;
vestida com teu branco de amor e paz.
Assim, sou eu o canto do boto que antes era pescador.
Porque estava nascendo das águas de Iemanjá;
Com folhas em meu corpo, curando-me das dores.