ESPANTALHOS (SONETO)

ESPANTALHOS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Espantando alguns intrusos abusos os espantalhos,

Feitos de palhas as roupas que são ícone a usar...

Formatos de gentes intransigentes a espantar,

Dependurado sobre debruçado elevado de um galho.

Que marisca desenterrando os dentes dos alhos,

Solo polo da erva semente prontificada a plantar,

Mudas sobressaindo a vida vindo a luz para brotar,

Famigerados esfomeados a desterrar os pontos bugalhos,

Bagunças ligadas as locomoções do que é falho...

Roupas rasgadas remendadas com alguns retalhos;

Braços abertos certos daquilo que serve para abraçar.

Aparos dos talos justos a que tá no tamanho de se cortar,

Longe vem e advém para faminto procurando se alimentar;

Sobre um pau suspenso se encontra o intacto espantalho.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 26/04/2020
Reeditado em 26/04/2020
Código do texto: T6928761
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