BREVE NOTA A QUEM ME LÊ

Ao homem o que ao homem pertence,

Nem mais nem menos, que a justa medida.

Mas se ele nem a si próprio se vence,

Como dar-lhe minha mão aqui estendida?

Esconjuro toda a fé, que tanto traumatizou

O bom como o menos bom, em sua incongruência

Desmedida e infértil, que não tardou,

Em reclamar do justo, a sã e parca inocência.

Está tudo explicado pela ciência, ó senhores,

Ninguém ama o que não existe nem se vê…

Que me dizem a mim, os senhores doutores,

Que eu já não saiba? O homem é garante

De sapiência, quer o que lê e o que não lê,

Inda assim, insistem no verso, de turbante.

Jorge Humberto

12/10/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/10/2007
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