Trânsito

Sigo eu por meu caminho em conta mão,

Dobrando à esquerda eu que sou direita,

Vendo o guarda corrupto à espreita,

Fazendo anotações em seu talão .

A preferencial intercessão,

Termina frente a igreja, estranha seita,

Onde apregoam ser a porta estreita,

Mas despida está sua  pregação. 

Pista escorregadia e esconsa curva,

Que me obriga a desvio em noite turva,

Por declive em ladeira proibida…

Duplo sentido não dá segurança,

Sou vítima da própria imbuança,

Dou de cara num beco sem saída.

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Sou muito grato ao Poeta Jota Garcia pela quadra bem humorada e pertinente. Faço apenas uma observação: esse poema já estava feito desde o ano passado e para não caducar o coloquei hoje.

Quem mandou sair de casa,

Contrariando a instrução,

Agora segure essa brasa,

Que em má hora lhe cai na mão.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 17/04/2020
Reeditado em 17/04/2020
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