Trânsito
Sigo eu por meu caminho em conta mão,
Dobrando à esquerda eu que sou direita,
Vendo o guarda corrupto à espreita,
Fazendo anotações em seu talão .
A preferencial intercessão,
Termina frente a igreja, estranha seita,
Onde apregoam ser a porta estreita,
Mas despida está sua pregação.
Pista escorregadia e esconsa curva,
Que me obriga a desvio em noite turva,
Por declive em ladeira proibida…
Duplo sentido não dá segurança,
Sou vítima da própria imbuança,
Dou de cara num beco sem saída.
<><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><>
Sou muito grato ao Poeta Jota Garcia pela quadra bem humorada e pertinente. Faço apenas uma observação: esse poema já estava feito desde o ano passado e para não caducar o coloquei hoje.
Quem mandou sair de casa,
Contrariando a instrução,
Agora segure essa brasa,
Que em má hora lhe cai na mão.