VULCÃO
Sob a montanha fria ela se cora
E como um vulcão adormecido
Explode e lavas quentes num rugido
De raiva represada joga fora.
E num minuto ou em fração de hora,
Ao vir tudo em cinzas envolvido,
O estado ativo é logo esquecido,
E ela volta à calma de outrora.
O ciúme a se mover sob a montanha
Pressiona a paixão numa tamanha
Batida a fraturar a sensatez.
E quem vive ao redor e se arrisca
Deve manter-se atento à faísca
Da raiva em lavas que vem todo mês.