QUAND VOUS SEREZ BIEN VIEILLE !/ RONSARD
DEUS SEJA LOUVADO !
QUE A GRAÇA DO SENHOR JESUS SEJA SOBRE TODOS NÓS !
JESUS ! - NOME QUE SALVA !
JESUS ! – ESTRELA DA MANHÃ
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“ PORQUE EU, O SENHOR TEU DEUS, TE TOMO PELA TUA MÃO DIREITA, E TE DIGO: NÃO TEMAS, QUE EU TE AJUDO !“ISAÍAS 41:13
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Uma análise do poema de Ronsard
Quand vous serez bien vieille !
Pierre de Ronsard
Quand vous serez bien vieille, au soir, à la chandelle,
Assise auprès du feu, dévidant et filant,
Direz, chantant mes vers, en vous émerveillant :
Ronsard me célébrait du temps que j’étais belle.
Lors, vous n’aurez servante oyant telle nouvelle,
Déjà sous le labeur à demi sommeillant,
Qui au bruit de mon nom ne s’aille réveillant,
Bénissant votre nom de louange immortelle.
Je serai sous la terre et fantôme sans os :
Par les ombres myrteux je prendrai mon repos :
Vous serez au foyer une vieille accroupie,
Regrettant mon amour et votre fier dédain.
Vivez, si m’en croyez, n’attendez à demain :
Cueillez dès aujourd’hui les roses de la vie.
Pierre de Ronsard, Sonnets pour Hélène, 1578
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Tradução //Esther Lessa
Quando fores velhinha // Pierre de Ronsard
Quando fores velhinha, à noite à luz de vela
Sentada junto ao fogo, estirando o fio e fiando
Dirás,cantando meus versos,maravilhando-te:
Ronsard me celebrava no tempo em que eu era bela !
Então, não haverá serva,ouvindo isso,
que já depois do labor, meio sonolenta,
ao som de meu nome, não se vá despertando,
abençoando teu nome com louvor eterno
Eu estarei sob a terra e fantasma sem ossos:
Pelas sombras mirtosas tomarei meu repouso:
Estarás no lar, uma velha encolhida,
Lamentando meu amor e teu orgulhoso desdém
Vive, se me crês, não esperes pelo amanhã :
Colhe desde hoje as rosas da vida !
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Poema escrito para
Hélène de Surgères e publicado em 1578
Versos Alexandrinos
A fuga do tempo é tema constante nos poemas Líricos e Românticos. E sempre há a associação à fragilidade da beleza física que como na rosa, logo se desfaz.
Entretanto, enquanto nos poemas amorosos, sobejam os termos positivos, neste de Ronsard, há alusões a “bela,” eterna,” mas chegando a ambigüidades quando diz que
“lamentando meu amor e teu orgulhoso desdém “
(primeiro verso do segundo terceto)
Numa paradoxal e avessa estratégia de sedução, Ronsard, pinta um quadro sombrio e enfeiado, da velhice solitária e dentro desse quadro, coloca a mulher que quer conquistar.
Usando o particípio presente para conferir monotonia e peso aos trabalhos cotidianos domésticos, entra sutilmente na temática de Horácio, o CARPE DIEM, o “ HIC ET NUNC” Aqui e agora!
” Vive ...não esperes o amanhã...colhe desde hoje ,as rosas da vida “(Os dois últimos versos do poema. )
Aqui ele usa o imperativo, como a ordenar mesmo, a atitude que deseja. Antes que envelheça e não tenha mais quem a queira
Mas ele começa o soneto, projetando a feiura da mulher, velha , encolhida, junto ao fogo, desenrolando o fio e fiando(P Presente) ;e ainda na primeira estrofe , rima belle(bela) com Chandelle(vela),numa clara alusão à brevidade da beleza, tal qual a chama de uma vela.
Ainda na primeira estrofe, faz sua musa evocar os tempos em que ele, o poeta célebre, a celebrava em sua beleza. Pra isso usa o Tempo Imperfeito
“...o tempo em que eu era bela....”
(quarto verso da primeira estrofe)
No primeiro terceto, ele se coloca já fantasma, sem ossos,e traz nitidamente a figura de Afrodite, ao omitir a palavra morte. Mas trazendo “sombras mirtosas”
“Pelas sombras mirtosas tomarei meu repouso”
(segundo verso do primeiro terceto )
A mirta é um símbolo de Vênus ou Afrodite, E por via de conseqüência, da Beleza,tema apreciado e usado por Ronsard.Deusa da Beleza e do Amor, na Mitologia Romana
E assim, ele contrapõe a imagem da musa aniquilada pela velhice e seu poeta morto, à musa do momento presente, do hoje, que deve saber aproveitar sua juventude enquanto pode! E enquanto seu poeta a celebra!
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Fontes
Sites de estudos de Literatura Francesa
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“Pierre de Ronsard (11 de dezembro de 1524 — 27 de dezembro de 1585) foi um poeta renascentista francês nascido no castelo de La Possonnière, condado de Vendôme, é o principal representante da La Pléiade, grupo de poetas cujos principais modelos foram os líricos greco-romanos e italianos, de grande importância na renovação da literatura francesa.”
Wikipédia / enciclopédia livre
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OUÇA A DECLAMAÇÂO DO SONETO EM FRANCÊS E SUA TRADUÇÃO!
OBRIGADA!
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Querido poeta FRANCISCO DE ASSIS GÓIS, "que demais!" , digo eu,sem palavras, para agradecer tanto saber e tanto carinho que de ti emanam !
Obrigadíssima!
COMENTÁRIO EM DESTAQUE
Que demais querida poetisa! Que poema lindo, profundo! E os comentários então! Tudo impecável e adornado com sua magnífica voz e magistral declamação. Não tenho palavras suficientes para elogiar, só me resta levantar e aplaudir! BRAVO!!!
O Tempo
Sobre ele Santo Agostinho filosofou:
"Se o presente só surge para virar passado, não daria para dizer qu
o tempo é uma caminhada rumo a não existência?"
Para John Wheeler, um renomado físico do século vinte, "ele é um
jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma
só vez."
Albert Einstein fundamentado na física e matemática afirma:
"Uma ilusão! A distinção entre passado, presente e futuro não passa
de uma firme e persistente ilusão."
Já segundo Mario Quintana, "o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira".
Imaginem! ... Para o poeta, basta "a saudade para parar o tempo"!
Ah, esses poetas... são seres iluminados!
Não importa se com versos, pintura ou fotografia,
Que mundo maravilhoso eles nos proporcionam...
Nos trazem o passado... e até o futuro, hoje em dia
Para nós, aqui, agora, no presente!
E é o presente, a única fração do tempo,
Que realmente nos pertence.
Mas para mim, apesar de implacável, o tempo é justo...
Nem bom, nem mau.
Ele é apenas o justo meio pelo qual toda matéria passa...
Assim, totalmente democrático e imparcial,
Nada dele consegue se esconder...
Seja animal, mineral ou vegetal.
Por ele passa com a mesma igualdade fria
Tanto a mucama quanto a princesa,
O prazer, o amor e a alegria,
Assim como a dor o rancor e a tristeza.
Às vezes chego a pensar nele como sendo...
A própria Onisciência e Onipresença de Deus...
O OLHO QUE TUDO VÊ.
(Francisco de ASSIS de Góis)
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DEUS TE ABENÇOE!
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