TERRAS DE NINGUÉM
Calo, silêncio cálido de estio;
Onde sinto os pingos de suor;
Molhar o tapete verde dos jardins.
Onde não existe mais um flor.
E os pintassilva colorem o seu;
Como o arco-íris despontando;
Num céu nu, sem nuvens,sem céu;
Apenas o luzir supurando abafado.
Terras molhadas de lágrimas mortas;
Batidas na areia movediça, convida-nos...
Entramos nas rochas em labirintos.
Somos suor, sudorese escaldando palmas;
Vestido de véus num luar sobre o sertão;
Em tempos de não olhar de joelhos para o céu.