TERRAS DE NINGUÉM

Calo, silêncio cálido de estio;

Onde sinto os pingos de suor;

Molhar o tapete verde dos jardins.

Onde não existe mais um flor.

E os pintassilva colorem o seu;

Como o arco-íris despontando;

Num céu nu, sem nuvens,sem céu;

Apenas o luzir supurando abafado.

Terras molhadas de lágrimas mortas;

Batidas na areia movediça, convida-nos...

Entramos nas rochas em labirintos.

Somos suor, sudorese escaldando palmas;

Vestido de véus num luar sobre o sertão;

Em tempos de não olhar de joelhos para o céu.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 24/03/2020
Código do texto: T6896034
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