VALSA DOS VENTOS
Lá nos montes, vejo-te em árvores cerrada;
Orvalhando o sereno, que abençoa os ventos...
Que de leve oscila minha fé em romaria;
Que reza minh'alma condrita em bençãos.
Pelos beijos que roubo ao velar por ti em oração;
Sonho com tua imagem e, rezo-te em Ave Maria...
E o beijo de longe, envio-te com ternura d'amor.
Pelos favos de mel que ao passares sorris em flor.
És minha vida, meu ampara; silêncio perpétuo em brisa;
Por seres tu, minha hóstia consagrada em doce magia;
De te ter em mim um sintonia, gracejando-me em nostalgia...
És-me o repente, cantarolado em brisa;
De um tempo primaveral sem um fim;
Para sempre fazeres ao longe, eu, adormecer em ti.