VULTOS
Sinto saudades de outras eras;
Passadas por mim em espera;
Que não voltarão em quimeras;
Minha alvorada que ainda espera.
Ó tempo, bom, sei que ainda exite;
Nos meus guardados, pertences;
Que mesmo sendo de outras eras;
Sempre recordo no quarto, lembranças...
Sou a voz que clama no meu silêncio;
O vespertino dia que surge n'alma;
O brilho doce de um palhaço a sorrir.
E, da janela do meu quarto, lampejos d'amor;
Ainda que bem cedo ou bem mais tarde;
Sempre cantarei o sonho do resplandecer.