UM TRISTE PENAR
Meu amor falou tantas palavras belas;
De beleza em ilhas solitárias, singelas...
Eu não dei-me conta da fúria do mar;
Sombrio céu apagado em luz d'amar.
Senti o vento mergulhar-me nas ondas;
Pelo gélido frio que chovia em maresia;
Com tambores expressando mórbida poesia;
Num soneto em pleno letreiro escondido.
Eu amava-o em terno dia pela noite que viria;
Num céu estrelado em choro de canto em côro;
Porque eu não pretendia magoar o meu trovador.
Rasquei o papel que coloria minha fantasia;
De te ter todo dia na minha humilde poesia;
Com lírios perfumando meu desejo de te beijar.