LABIRINTO

A boca é a porta de entrada

De um labirinto aberto sobre a pele

E, às vezes, quem percorre as trilhas dele

Não quer se deparar com a chegada.

No centro há uma rosa encantada

Semelhante a uma taça e que expele

Odor tão viciante que repele

A razão e sem fim torna a jornada.

E há vários caminhos sinuosos

Com entretenimentos cobiçosos

Sem marca ou sinal de onde se está.

E onde se está não é onde se quer,

Se a andança em si é o prazer

De quem ao fim não quer nunca chegar.