CONTA DE DOIDO

Juntando as estrelas que há no mar

E os peixinhos suspensos lá no céu

E os grãos de pó do gelo... Ih, fodeu!

Não é assim que quero comparar.

De novo vamos ver, agora dá.

Juntando cada estrela que nasceu

E os peixinhos que a gente não comeu

E os grãos de pó pairando ao sol polar

É tanto assim... Ai, vixe, que loucura.

Eu penso tanto em ti, ó, criatura,

Que não consigo mais raciocinar.

Mas com ou sem juízo não desisto

De comparar as vezes, ó, meu Cristo,

Que no dia em ti fico a pensar.