Ferrovia
Com andar mole sobre duros trilhos,
Passo a passo por esta ferrovia,
No horizonte pensei ver e não via
Os trilhos juntos entre tons e brilhos.
Fechando os olhos, cílios conta cílios,
Pra melhor entender o que ocorria,
Sobre dormentes mortos desta via,
Pondo as mãos em concha como auxílios.
Quão mais andava os trilhos se afastavam,
Igual a nossos sonhos, não cruzavam,
Numa tão esquisita simetria
Somos dois seguindo lado a lado,
Por dormentes insanos separados,
Como ambos carris desta ferrovia.
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Vixi! Fiquei todo dengoso com essa participação da Poetisa Raquel Ordone. Obrigado querida!
Só Ferro eu via...Um trilho e outro trilho.
Eu caminhando de cá.
Você caminhando de lá.
Perdeu todo nosso brilho.
Fez canção sem estribilho.
Vem que seguro sua mão.
E te dou meu o coração.
Vem comigo do mesmo lado.
Sem saber se é o errado.
Mesmo curso e direção.
Ei menino, poeta!! Gosto da força com que escreve! Palmas e xêro!