OS VIOLINOS DO PALHAÇO

Quero ser sempre o infante;

A buscar cortinas nos varais;

Para montar o palco d'alegria;

Vestido sempre de palhaço.

Luzes de papel crepom me iluminam;

E minha maquiagem borrada sorri;

Com a lágrima que escorre pela face;

Pelo calor que apagão o último aplauso.

Ah! Palhaço sou para esconder tristezas;

Nos labirintos d'alma em busca de cores;

Que veste sempre o pano que desce.

Meu espetáculo nunca começa na hora exata;

porque sou muitos em um infante solitário;

Que busca chaves para abrir o abracadabra.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 21/02/2020
Código do texto: T6870890
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