OS VIOLINOS DO PALHAÇO
Quero ser sempre o infante;
A buscar cortinas nos varais;
Para montar o palco d'alegria;
Vestido sempre de palhaço.
Luzes de papel crepom me iluminam;
E minha maquiagem borrada sorri;
Com a lágrima que escorre pela face;
Pelo calor que apagão o último aplauso.
Ah! Palhaço sou para esconder tristezas;
Nos labirintos d'alma em busca de cores;
Que veste sempre o pano que desce.
Meu espetáculo nunca começa na hora exata;
porque sou muitos em um infante solitário;
Que busca chaves para abrir o abracadabra.