Tormenta
O céu veleja em águas profundas
na luz acesa do mar das memórias
surge do naufrágio em que é oriunda
buscam o afago das velhas histórias
Por que apagar a chama que inunda?
a ternura, o brilho, a vitória
no solo das belas sementes fecundas
onde o amor é a planta notória
vivo uma intensa nostalgia de dor
que incorpora a alma e consome
buscando o infinito em seu calor
a fúria das ondas traz seu esplendor
as cruéis angústias não matam a fome
de nutrir a eternidade desse amor