Vidraça
Alguém perturba o horário das palavras,
O que se conta não precisa,
O que se pensa e guarda e se espera
Perdida a palavra se limpa;
Mas o silêncio sempre escolhe
Essa subversão de que todo início,
Todo que sendo servo da palavra
Tenha um pensar no exílio;
Mas ,meu bem,de tanto o confuso
Essa idéia de pátria que persiste
E que tudo era belo e apenas triste,
Me deitaria eu no chão por doença ou pecado;
Contigo descobriria a travessia a remos;
Contigo esse cheiro natural de terra molhada!!