Me abrace
Me abrace,meu bem, na memória e no ofício;
Desabitei
de mim,e nenhum lugar propus,nem tenho;
Já vem a vida com aviso prévio!!
Me abrace,meu querido,palavras secam
e dão calamidades no coraçao e no desuso dele!
Me ame,sei do amor a patente do gozo
da lucidez da cama e seus ócios pra amar
cuida,me diga,me emprenhei-me de ti,
todas as manhãs afáveis ,e útero ,e túmulo!!
Me abrace meu bem somente feridas que doem
faz gravidades de vilesas e madrugadas tardias;
Mais desgaste de calores e cios,que já não os sei;
Preiso descer rio,foz e nascente;
Sangria no coração,me aperte meu bem,
até rio descartou semente,delírios de junco
nenhum vi,nem margem oposta,
tudo de formou ilhargas;
Me abrace,nada tenho de conforto de alma;
Vindimas e vinhas,perdi chaves,
e de coisa nascida só remo e canoa me vêem,e massacro torpor!!
Serei febril,sem coisas e baús do peito com soneto empoeirados;
Com joelhos cansados e avulsos terei intento,
comida e sustento,
e de semente colocarei a contento!!
Das raízes,já tenhos calores abrangendo todo peito;
As sutilezas das margens,por certo se extraviaram meu remo ,
meu calor e em ajudas ,preces,das mulheres rendeiras;
Cansei remos,e o amor estava nas coisas e no anti-exíio,
outro fruto redeu terra e margem,;
minha fiel canoa,se embaveceu nas estrelas novamente;
Eu? o ir embora será sempre traje de ir embora;
Poetas sempre serão sementes,curvas de estrelas,ei-lo ágio nas manhãs!!!
A Morena da eira e das vinhas
E se afastou de toda a vida,e choveu na poesia!
Teceu palha pra cigarro e fumo, e acendeu fogão à lenha;
Os olhos dela de mulher-rendeira,perfurava o dia;
E se devorou na eira de grão de trigo e arroz! E café!!
E se afastou de toda a vida,e perdeu pomar de cajus e romãns;
Ajuntou saia de cambraia e sangrou nos pés uvas e amores vis!
E se afastou dela toda a vida e chorou pelo verso deixado,subnutrido!
Se aquietou alma e quiz ficar; O rio arrendava todo o plantio,
Era tempo de cheia e afastada de toda a vida, sangrou uvas e as pedras!!
E choveu no verso e molhou caneta-nanquim,esbarrou no tempo,
E resolveu arrancar ervas daninhas da eira,e colheu-se de si mesmo!
E se afastou toda a vida,penhorou jóia de família e comprou canoa;
Era de jacarandá e remo outro,de aroeira, se deu a experimentar!!
E se colheu a vida,arrancou cipó das vinhas e eira e contratou moço;
Quiz esquecer partida de caboclo e doou rede em que ele dormia;
Parecia insana e moço só olhava,e concertou monjolo e tábua de bater
Roupa e lençóis e roupas íntimas e de trabalho de carpir,eira e vinhas;
Moça rendeira carpia chão pra semente de grãos e céu de azul-marinho!!
E afastada da vida,quiz,tempo depois um tinto e meio trago de absinto;
Fez roda de samba,com pandeiro e cuica,chamou moças da vila a dançar;
E sem medo de ficar,e sem medo de dançar e sorrir,carpiu dor,e sorriu;
E choveu no verso e na poesia,mas nas razões suas de ser eterna;
E trouxe algo nos traços,e nunca mais se lembrou do cabloco,que partiu!!
Sendo assim,dentro em pouco,seus lençóis de algodão e cambraia,cetins,
Eram mais leves,e deixa correntinha de santo e alguns sonetos todos
No criado-mudo ao lado da cama de cedro,e na sala o aparador de antes ,
Somente um passo de dança e seus desafetos,verso molhado ,esquecido,
Quis entender que existir tem apreço;Eira e vinhedos, moço cuidava!!
E se afastou toda a dor,caboclo soube notícias chorar no estaleiro;
Eram agora mais leves as manhãs,o que é de sustento trabalha os vinhais,
As eiras do grão de trigo fez cabocla,pão de centeio,e pão sovado,
Eram mais leves as noitas todas em mim,e com elegância de trato,
Registrei-me de Maria Morena de eira,cumpri um último desafeto;
Nunca tive nome de nascimento,e dentro em pouco,de espanto,calei!
Na possibilidade de amar,moço de contrato de vinhas e eiras se enamorou;
Fiz outra roda de samba,cuica e pandeiro,e violão de doze cordas!!
Se ser intenso,é ordem de pasto,sou de nascimento,Maria Morena de eira;
Se passei de senzalas,e alforrias,me perdoe o distrato,sou cabloca,
De quem leva nas mãos todos s sentidos,e no bolso estrelas roubadas;
Sou Maria Morena de eira,registrada de nascimento,e Deus,mil fatos!!!
Maisasilva Itumbiara Goías, 48 anos, aposentada , moro com meu filho Bruno Renan,18 anos, cursando Engenharia de Comando de Automação na Federal de Goiás,poliglota,meu amor!Estudo piano,e frequento igreja evangélica ,amo meus amigos que Deus me deu,minha família,e sem esquecer ,tem meu meia-raça,labrador Oscar(totalmente a favor da "arte"! Todos são bem-vindos e já se sintam abraçados!!Meus textos não correspondem a vida em si,mas à arte, sem reservas de escolher cantar versos da mulher ou homens! Palavras são coisas,que de fato assemelham que tudo faz amor!!Bem vindos!!