NEGÓCIO DE AMOR
Um dia o amor vira negócio
E o patrimônio torna-se importante,
Até mais do que o bem que era o amante
A hoje comparar-se a mero sócio.
O amor que parecia um sacerdócio
A não ser esquecido um só instante
Torna-se um fardo e a reza dominante
É: “Chega de estar preso a este consórcio”.
No balanço dos bens “... o que for meu
Pertence-me somente e o que for teu
Ajunta-se ao quinhão do que é nosso..”.
Disputa-se até o par de alianças:
“Pra encher-te de ouro foram-se as poupanças,
Ficar sem juros, cara, eu não posso.”