CARANGUEJOS (SONETO)
CARANGUEJOS (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Caranguejo quando sai do buraco a vejo,
Lama do mangue sangue a um molejo;
Leite a que se faz um delicioso queijo;
Nas lutas disputadas da longínqua Saravejo.
Insetos diretos a um voraz percevejo,
Dons ligações ações incursões dos realejos,
Loca a que se entoca a essência de um poejo…
Fonte das fileiras goteiras dos desejos.
As garras amarras alcaparras Alentejos,
Vanguardas guardas dos desafiantes beijos,
Subindo ou descendo com as marés desfechos.
Submergindo as lamas pelos seus lampejos,
Matagais descartam alimentos pelos seus despejos,
Trafegando nos manguezais o nadador caranguejo.