AS SANDÁLIAS DO PESCADOR
Deixem-me em paz no meu santuário;
Onde minhas vestes são de cor púrpura;
Lavadas pelo sangue do cordeiro imolado;
Com linho branco cravejado de pétala.
Deixem-me em paz no meu átrio;
Onde os pássaros voam em bando;
E circundam-me em flauta-doce;
Que repouso um cantar à Oxalá...
Ó Oxalá, louvores cantarei pelas transgressões;
Que trinfou sobre minha vida sorumbática;
Onde lágrimas era lamentações em lagos...
Hoje, tudo é-me uma montanha de rosas;
Perfumando meus dias e minhas noites;
Fazendo legado nessa terra de amor.