VELHO HOMEM
Eu sei que já não sou o que sou em mim;
Talvez caravelas que partem de onde estou;
Rumo aos mares que eu não sei para onde vou...
E, se vou...Também não sei se chegarei.
Sou o vento que leva-me em sopro;
Que em sombras faz-se frio entre a brisa;
No calor do ar que respiro em luz;
Num sol que brilha nebulosamente em lua.
Sou navegantes das páginas dessa minha vida;
Às vezes castigado na incerteza das dúvidas;
Que aparecem-me em calmaria em tempestade.
Sou velho. Homem louco em aventuras incertas;
Porém, levo em mim minha memórias certas;
Da chegada em algum lugar onde me esperam.