PAGODE NA PRAIA
Gargalhava do umbigo para cima
E também do umbigo para baixo.
Com nada em mim ficando cabisbaixo,
Prestei-me a elevar sua autoestima.
O tantã do pagode dava a rima
Ao bamboleio sem ter embaraço
E junto vi-me envolto em mormaço
Tão quente quanto quente era o clima...
Quem ia resistir a quem no tom
Certo se oferecia ao bem bom
De um pagode no meio da areia?
No ritmo das ondas à gandaia
Passei a noite inteira pela praia,
Conferindo as escamas da sereia.