SEGREDOS (SONETO)

SEGREDOS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O que guardamos no íntimo a que a ninguém deva contar,

Fascículos calados tampados de uma extremada paixão,

Escuros obscuros ocorridos por um abandonado vão,

Móveis imóveis as cenas que cada um tem a que guardar.

Contidos ou camuflados para nenhuma denúncia poder entregar,

Passageiros dormindo na viagem por algum específico vagão,

Gavetas espreitadas a inesperada vaga da indesejável intromissão,

Silêncio contido a um vidro que trancado possa vir a resguardar.

Daquilo que é para nunca ou nada para ninguém falar,

Dos bolos embolos a um morro gorro para sigiloso amontoar;

Sonos tronos de quando apagam as luzes e tudo fica na escuridão.

Segredos levedos guardados lacrados em um embrulho a guarnição,

Do mudo que não fala contendo o relevo de uma anunciação;

Caladas silenciadas, guardadas, a que ninguém deva nunca revelar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 14/01/2020
Código do texto: T6841506
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.