AM(AZ)ÔNIA

Respira-se ofegante a fúria das queimadas

Que vão tornar latente uma florestania...

A rica natureza em áreas preservadas

Não voltará jamais a ser como soía!

Em súplicas mortais, a fauna sufocada

Inala o ar fatal de carbono e de amônia,

Num cheiro de defunto e tumba amadeirada,

Tomba na labareda a flora da Amazônia.

As peles retorcidas no ardor das chamas...

Revoam-se os pombais, não há jardins, nem gramas,

Enegrecendo o céu e acinzentando o ar.

Deitam-se os corpos frágeis de milhões de bichos...

Ao mesmo patamar de um mundaréu de lixos,

Decai, por água abaixo, a mata ciliar!

Jackson Viana
Enviado por Jackson Viana em 11/01/2020
Código do texto: T6839084
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