SE TU ME PERGUNTASSES

Se tu me perguntasses o que espero

De ti responderia, simplesmente:

- Tu sabes bem, porque teu peito sente

Desejo tão igual ao meu em gênero.

E ouvir-te perguntar, ai, quanto quero,

Que pula o meu peito de contente,

Com a alegria a ser rio corrente

Na alma a ansiar em desespero.

Quanto desejo ouvir-te numa jura

De que comigo queres a ventura

Da vida em um sonho a não ter fim!

Mas tu não me perguntas, nem respondes.

Calada o sentimento tu escondes

Em timidez igual à tida em mim.