PERSEVERANÇA
Mesmo em noites e dias de agonia,
No vaivém de imagens à lembrança,
Jamais eu expulsei a esperança
De ir gozar de sua companhia.
À luz do sol, aos raios da lua fria,
Via os dois abraçados na balança
Quente do amor no alegre sobe e avança
Dos corpos entretidos na folia.
Tal sonho imaginei milhões de vezes
E nem contava em números os meses
Em que o desalento apareceu.
Mas nunca o expulsei dentro de mim
A esperança de fruir um dia, enfim,
Do que se chama amar tal como eu.