BARQUINHO DE PAPEL
BARQUINHO DE PAPEL
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Feito com uma folha de jornal, envelope ou caderno;
Nos vínculos dobradiços pressionados sobre um tonel,
Águas de um lago, lagoa ou córrego a alagadiça,
Poças causadas pela chuva ilhadas a um círculo de um anel.
Flutuante sobre os ventos a uma deriva ou diligência ao leu,
Marés vazantes viajantes por um pulsar ou guiar eterno;
Movimentando pelo vento relentos a uma dobradiça,
Navegantes dos horizontes ou verticais infinitos como céu.
A um cais ancoradouro de uma evasão a esperada liça,
Pelas dimensões das águas transparentes de um branco véu,
Diversões das brincadeiras das mãos e das percorridas pernas,
Veículos acriançados a idade saudade a cada contingência de um quartel.
Sobre os ventos e as águas flutuantes das ondas onduladas e lerdas,
Uma folha de caderno, envelope ou jornal tornando um barquinho de papel.