FAZENDA VELHA
Há um silencio estranho no caminho
que nos leva ao monjolo, hoje envergado,
e o farto rego d’água, ora minguado,
nem roda mais a pedra do moinho.
Na trave do paiol abandonado,
dois enxadões, as foices e um ancinho;
os mourões da porteira em desalinho…
Tudo parece sombras do passado…
E qual um quadro torto e envelhecido,
a nossa velha casa há resistido
feito um guerreiro prestes a tombar...
São picumãs, fuligens de uma história,
um resto quase morto de memória
que o tempo não deu conta de apagar.