A MÁSCARO DAS ILUSÕES

Já sei quem sou, e já nem sei quem mais eu sou...

Passei, passou, e o futuro que tarda e espera, foi-se...

Como o louco equilibrista ente as paralelas tutuviando;

Passando pelo linear do tempo observado quimeras...

Hoje, eu poderei retroceder no tempo do ser observador;

E olhar os momentos do se ter numa ilusão permanente;

Como o crepúsculo dos finais das tardes em efêmero dia...

Onde chega geralmente sem anunciar notícias em manhãs

Sou o palhaço que ao ver-se diante do espelho do camarim;

Toma para si próprio o gim com água tônica que deixaram;

Para que eu me embriagasse antes da triunfante entrada.

Cortinas cerradas, luzes apagadas num palco vazio sem plateia;

Num prédio sem faixada de uma rua deserta sem maquilagem;

Porque desboto meu rosto removendo sempre a figura do palhuço.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 19/12/2019
Código do texto: T6822282
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