“BOCEJOS da MADRUGADA”
A saudade que brota vem do norte
Do país, esse extenso continente
Não maior que esta dor intermitente
Tamanha, que receio, não suporte
Trota o tempo, com toda ligeireza
Deixando em todos nós sua pisada
E a juventude, sempre desavisada
Vive ocupada, cuidando da beleza
Que nos bocejos de cada madrugada
Minguando vai, célere, conformada
Que morre quando a vida anoitecer
Por já ter, como certo, indiscutível
Que a morte é um marco irremovível
Nas pestanas de todo amanhecer...