“BOCEJOS da MADRUGADA”

A saudade que brota vem do norte

Do país, esse extenso continente

Não maior que esta dor intermitente

Tamanha, que receio, não suporte

Trota o tempo, com toda ligeireza

Deixando em todos nós sua pisada

E a juventude, sempre desavisada

Vive ocupada, cuidando da beleza

Que nos bocejos de cada madrugada

Minguando vai, célere, conformada

Que morre quando a vida anoitecer

Por já ter, como certo, indiscutível

Que a morte é um marco irremovível

Nas pestanas de todo amanhecer...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 05/10/2007
Código do texto: T682000
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