SOLIDÃO D'AMOR
Morando no sobrado há tanto tempo em ausências;
Eu resolvi subir ao sótão e achar os meus guardados;
Para poder me sentir ousado como fui em outros tempos;
Marcados pelas recordações em lembranças por mim vistas...
Convidei-me para me sentir bonito perante os espelhos luzentes;
E não me maldisse em nenhuma palavra cheirando ao ontem só...
E pelo vento mofo que guardava-me no silêncio bravio d'alma;
Um pensar no que sempre fui passou-me como as aves no céu...
Vizinhos não olha-me em praças porque eu não os vivos;
Só me sinto belo em imagens que multiplicam-se em voz;
Quando rezo algumas valsas dançando em festa por mim...
Sou silente meio aos devaneios em loucura rimadas em verbos...
E nem preocupo-me em meio as borrascas da minh'alma lúdica;
Pois, chove do lado de fora, e em meus pertences vivem em mim.