SOLIDÃO D'AMOR

Morando no sobrado há tanto tempo em ausências;

Eu resolvi subir ao sótão e achar os meus guardados;

Para poder me sentir ousado como fui em outros tempos;

Marcados pelas recordações em lembranças por mim vistas...

Convidei-me para me sentir bonito perante os espelhos luzentes;

E não me maldisse em nenhuma palavra cheirando ao ontem só...

E pelo vento mofo que guardava-me no silêncio bravio d'alma;

Um pensar no que sempre fui passou-me como as aves no céu...

Vizinhos não olha-me em praças porque eu não os vivos;

Só me sinto belo em imagens que multiplicam-se em voz;

Quando rezo algumas valsas dançando em festa por mim...

Sou silente meio aos devaneios em loucura rimadas em verbos...

E nem preocupo-me em meio as borrascas da minh'alma lúdica;

Pois, chove do lado de fora, e em meus pertences vivem em mim.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 15/12/2019
Código do texto: T6819775
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