DE REPENTE UMA OUTRA VEZ

Eu doei o meu coração lagrimejante ao jardim;

Onde as flores perfumarão com ternura antiga;

E espinharam-o até sangrar o chão d'areia ;

Para livrar-lo da dor existente nele em amor.

O sofrimento é brasa que apaga-se em marcas;

Deixando uma leve luz na fumaça em dança!

E eu apenas respirei até sufocar o fim d'amor;

Por amor-te demais em fruta cor em roseiras...

Não adianta mais eu abandonar o saber d'amor em mim;

Se eu mergulho todos os dias em mistérios que buscam-o;

Em cada flor do distante jardim que passei um dia. em dor.

Não quero mais os pedaços dos laços de alguém que amei;

Porque o amargor fez-me o lampejar da cristalina lágrima;

Que afoguei-me em meu enterro no desterro para o amor...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 15/12/2019
Código do texto: T6819689
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