O CORTIÇO
Mulheres fustigadas tesem rendas bordadas em chocalhos;
E os homens fritam maçãs vertes em carvão dourado;
Enquanto crianças chistosas riem dos varais coloridos;
Dependurando letras nos gordões que balançam no ar...
Os vizinhos dessentiam daquele momento lúdico;
E entre um cigarro e um outro, faziam fuxicos...
Ah! como são engraçados os domingos num lar;
Lares vazios e preenchido de abobora com mel.
Somos todos os empedernidos que não sonhamos mais...
Porque vivemos num mundo que não nos ilude com falacias;
Deixadas nas portas dos natais das tantas inglórias em pó.
Eu seria falaz se em versos eu pluralizasse o anagrama;
Para descobrir todos nomes de palha que passam por mim...
Entre nós que estamos jaz no amargo cortiço de um dia à mais...