ESCURIDÃO E LUZ

Quis o destino que eu crescesse destemido,

ao forjar o meu peito, escudo rijo e forte!

E muito cedo entregue aos caprichos da sorte

nas lutas que travei, sem dar-me por vencido.

E esse guerreiro bravo, altivo de tal porte,

que derrotas provou, sem ser nunca abatido

dobra-se ante uma sombra, um medo sem sentido:

temer a escuridão bem mais que a própria morte.

Meu pai, a um terapeuta, um dia, quis levar-me

e eu lhe disse que a Fé que anima o humilde crente

precisa ser mantida, e pura, sem alarme!

Para que livre, enfim, desses medos tão seus,

possa amar este mundo insano, simplesmente,

sem distanciar de si, jamais, o Amor de Deus!

Edy Soares
Enviado por Edy Soares em 07/12/2019
Código do texto: T6813087
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