O ESPELHO DE OXUM

As pétalas das áster nadaram pelos rios das alfazemas;

Deslizando sobre rochas cravinas em desníveis sem fim...

Até chegarem desfalecidas, desgastadas pelo lírio cansaço;

Fatigadas pelo tempo em baile desabrochando em queda d'água.

Ah! Ervilhas de cores embelezando o regado iluminado;

Pelo sol maior, dourado como girassóis em movimento!

E os pássaros vislumbrando as árvores circundantes;

faziam uma louvação em lágrimas de cheiro de flores...

Ó, campos silvestres, abençoe sempre o meu canto;

Que chamo de laranjeiras em meio as roseiras pintadas;

Nos quadros espalhados pelas galerias das almas...

O cantar é para o meu amor flutuando nos ventos;

Pelo ar de todos os tempos em forma de oração;

Clamando sempre o amor dos que buscam paixões.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 05/12/2019
Reeditado em 05/12/2019
Código do texto: T6811880
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