O ESPELHO DE OXUM
As pétalas das áster nadaram pelos rios das alfazemas;
Deslizando sobre rochas cravinas em desníveis sem fim...
Até chegarem desfalecidas, desgastadas pelo lírio cansaço;
Fatigadas pelo tempo em baile desabrochando em queda d'água.
Ah! Ervilhas de cores embelezando o regado iluminado;
Pelo sol maior, dourado como girassóis em movimento!
E os pássaros vislumbrando as árvores circundantes;
faziam uma louvação em lágrimas de cheiro de flores...
Ó, campos silvestres, abençoe sempre o meu canto;
Que chamo de laranjeiras em meio as roseiras pintadas;
Nos quadros espalhados pelas galerias das almas...
O cantar é para o meu amor flutuando nos ventos;
Pelo ar de todos os tempos em forma de oração;
Clamando sempre o amor dos que buscam paixões.