VITRINES DE AMOR
Eu caminhava pela praia e vi o horizonte a nadar;
Cores mesclavam-se nas ondas em baile cintilante;
E os raios do sol chorava o dourado em espelhos;
E o passeio em sombras acalmavam a flor em amor...
Ah! O vento matinal fazia-me uma brisa em sol;
E eu flutuava entre os barquinhos ancorado à beira...
Com o destino para dentro do infindo oceano cantante;
Pelo som da flauta, o vento levava-me às garças, amor!
Minha angustia se desfez nos poemas que sombreavam minh'alma;
Que deslisavam suave nas folhas que caiam do arboreto em volta;
Refrescando-me em lindos versos em gaita soprando o drão...
Meus olhos em nuvens do céu perdurava o marejar iluminado;
Que sorria em lágrimas de rosas, tapetes de luzes, meu coração...
Para abençoar o dia num arco-ires de paz e amor...