ALADO
Minha vida devidida
Em quatro paredes nuas
Possuem estampas vazias
Onde espera as costas tuas.
Tu pintarás o véu do cair
Na calada da noite escura
Para fazer-me enredo
Até o sol raia à beira-mar.
Somos a vida louca dividindo medos
Um manto nas asas de um condor
Querendo pousar em voo, no ninho do desamor.
És miragem em nuvens perpassando estradas
Areias que encobri os tempos desesperados
Comigo a enluarar o irônico mundo do sonhar.