soneto 125 - ilusão
Soneto 124
Essa noite choveu tal nunca visto
uma constante névoa escura e fria
adentrou-se tristonha pelo dia
e quem indiferente ao comum disto?
Se do meu amor etéreo d'alma fazia
d'amaro enredo - fático - revisto
eu negarei o seu não e, absorto, (re)insisto
ter, no porvir, quiçá, contigo alegria.
Embebedo-me louco: vinho tinto
insano meu delírio: a falta dela
e sigo na ilusão: a mim mesmo minto
Meu amado coração é uma podre sela
amado? Idiota sou! Iludido - e muito
sofrendo de paixão na vida bela
(20/11/2019)