CAMINHOS SEM CURVAS

Pelos beijos dos becos que caíram em mim, eu corri...

Parti pelos ventos em trevas, colorindo os versos talhados;

Que os veludos dizeres me enlouquecia amargamente por ti...

Pelo adormecido acalanto do alvorecer em paixões sem flores.

Ó, quantas saudades sinto da morte que desmaiava em teus braços;

Pelos que amavam-me em pétalas flores caídas dentro da minh'alma;

Que deixava-me no recanto em um sei lá qualquer, sei lá!

Talvez, eu seja o trovador dos perfumes em sedas de jardins.

Neste despenhadeiro, de pensamentos onde vivo, não sei! Como?

Talvez pela aparente loucura em espinhos nus que vestem minha frieza;

Quando estou diante do tapete em chão em lembranças de sombras, tu!

Sei o quanto foi bom o não ter nada em mim em chuva;

Porque se devo chorar hoje por alguém, seja eu o estopim...

Sorrindo na frenética ilusão de um amor sem um fim.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 19/11/2019
Reeditado em 19/11/2019
Código do texto: T6798848
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