HOMENS DE FLORES
As acácias amarelas sobre meu corpo nu;
Fez-me sentir o teu perfume de alcatrão;
Envolvi-me pelo cheiro do adônis em tuas mãos;
Que sempre falava-me refrões de amendoeiras.
Estávamos a nadar pelas alteias das sensações sem fim...
Em aramas de begônia num jardim enluarado;
Porque tua imagem é-me calla branca em céu;
Em brisa de cravina em beijos de delfínios.
Sempre fostes um suor derramado em frésia;
Colorindo meus dias nos girassóis em movimentos;
Para em ninho me sentir o homem de gerânio.
Tu. Ò, tu! Não fiques exasperado pelos cravos;
Estarás sempre no meu jardim de jacinto;
Pelo simples fato de teres em ti, um jardim eldorado.